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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL


Ruanita Dal Soto¹



RESUMO

O mundo todo desperta-se para a importância da Educação Infantil. Até pouco tempo atrás esse ensino era tido como de menor importância, onde se pensava que nessa idade a criança só deveria brincar. Mas depois de muitos estudos chegou-se à conclusão de que essa etapa de vida e aonde a criança se desenvolve, que a criança tem interesses e desejos próprios e que é um ser capaz de interferir no meio em que vive. Por isso está dando-se muita importância para a educação infantil, onde passou de creches para as Escolas de Educação Infantil, sabemos que a estimulação precoce das crianças contribui e muito para o seu aprendizado futuro, desenvolve suas capacidades motoras, afetivas e de relacionamento social. O contato das crianças com os educadores transforma-se em relações de aprendizado. A Educação Infantil socializa, desenvolve habilidades, melhora o desempenho escolar futuro, propiciando à criança resultados superiores ao chegar ao ensino fundamental. A Educação Infantil é o verdadeiro alicerce da aprendizagem, aquela que deixa a criança pronta para aprender e seu ambiente deve ser estruturado para proporcionar aos alunos situações variadas para propiciar um conjunto coerente de estímulos. 
                                                                                                                                                                               Palavras-chave: Crianças. Aprender. Educação.

1 INTRODUÇÃO

A cada dia, são mais recorrentes os estudos que apontam a importância dos primeiros anos de vida para o desenvolvimento da criança. Conforme aponta documento da UNICEF sobre a situação da infância no Brasil (2001), descobertas recentes têm demonstrado convincentemente que a primeira infância, desde a gestação, é a fase mais crítica da pessoa no que diz respeito ao seu desenvolvimento biológico, cognitivo, emocional e social.
Pesquisas científicas sobre desenvolvimento infantil deixam evidente a real importância dos primeiros anos de vida para o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e social dos seres humanos. A educação infantil tem um papel fundamental na formação do indivíduo e reflete em uma melhora significativa no aprendizado da criança. É na creche ou pré-escola que os pequenos começarão a se conhecer e a conhecer o outro, a se respeitar e a respeitar o outro, e a desenvolver suas habilidades e construir conhecimento.
¹ Pós-graduada em Psicopedagogia. Licenciada em Pedagogia. E-mail: ruanitadalsoto@hotmail.com
Para se realizar um trabalho eficiente e capacitado à criança, uma boa estrutura é essencial. Isso inclui ter material suficiente para que todos consigam compartilhar e um bom espaço de criação. Uma área ao ar livre, mesmo que com poucas árvores, vira uma grande floresta. Uma sala bem cuidada, rica em cores e com variedade de brinquedos e estímulos igualmente possibilita momentos criativos, prazerosos e produtivos.
É importante que tenhamos em mente que educação e infância são fatores essenciais no desenvolvimento, as interações sociais e seus estímulos é que transformarão os pequenos em adultos estruturados. Sabemos que a estimulação precoce das crianças contribui e muito para o seu aprendizado futuro. Desenvolve suas capacidades motoras, afetivas e de relacionamento social. O contato das crianças com os educadores transforma-se em relações de aprendizado.

2 DESENVOLVIMENTO


A concepção de criança e a forma de atendimento a ela dispensado também vêm sofrendo mudanças significativas desde o início da Idade Moderna. Mudamos de uma concepção de criança como um adulto em miniatura para uma de criança como ser histórico e social, de uma mãe indiferente para uma mãe coruja, de um atendimento feito em asilos, por adultos que apenas gostassem de cuidar para um feito em uma instituição educativa, por um profissional da área do qual se exige formação adequada para lidar com as crianças.
 É importante que tenhamos em mente que educação e infância são fatores essenciais no desenvolvimento da cidadania. Trabalhar a democratização do ensino nos primeiros 6 anos de vida é essencial para melhorar o índice de aprendizado dos alunos, estimular desde cedo a busca pelo conhecimento e eliminar as diferenças de origem socioeconômica no desempenho de crianças. Uma amostra de como o ingresso na escola desde cedo faz diferença é o índice de repetentes, que existe nas estatísticas, essa realidade condena um terço da população brasileira ao atraso e mexe desde cedo com a autoestima das crianças.
A relação educação e infância deve ser um processo cultural, na qual a educação, por métodos, didáticas e técnicas eficazes faça com que a criança desenvolva relações intermitentes entre respeito mútuo, justiça, solidariedade, igualdade, assim como liderança e outros fatores predominantes na sociedade, propondo atividades desafiadoras que provoquem desequilíbrios e reequilíbrios, promovendo a descoberta e a construção do conhecimento.
Considerando, no processo de aprendizagem, que a criança tem interesses e desejos próprios e que é um ser capaz de interferir no meio em que vive. Entender a função de brincar no processo educativo é conduzir a criança, ludicamente, para suas descobertas cognitivas, afetivas, de relação interpessoal, de inserção social. A brincadeira leva a criança ao conhecimento da língua oral, escrita, e da matemática, por isso que as escolas de educação infantil devem estar bem estruturadas para receber essas crianças. 
A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), o Ministério da Educação (MEC), tem o objetivo de assessorar as escolas, elaborar referenciais para um ensino de qualidade da educação básica, os chamados Parâmetros Curriculares Nacionais.
Os “Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Infantil” propõem critérios curriculares para o aprendizado em creche e pré-escola. Buscam a uniformização da qualidade desse atendimento. Os Parâmetros indicam as capacidades a serem desenvolvidas pelas crianças: de ordem física, cognitiva, ética, estética, afetiva, de relação interpessoal, de inserção social e fornecem os campos de ação. Nesses campos são especificados o conhecimento de si e do outro, o brincar, o movimento, a língua oral e escrita, a matemática, as artes visuais, a música e o conhecimento do mundo, ressaltando a construção da cidadania.
Uma escola precisa ser mais do que um lugar agradável, onde se brinca. Deve ser um espaço estimulante, educativo, seguro, afetivo, com professores realmente preparados para acompanhar a criança nesse processo intenso e cotidiano de descobertas e de crescimento. Precisa propiciar a possibilidade de uma base sólida que influenciará todo o desenvolvimento futuro dessa criança


2.1 O ESPAÇO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
            O espaço escolar, frequentemente, precisa ser adaptado as necessidades quanto ao trabalho com as crianças. O espaça escolar é fundamental, pois tem grande influência no bem-estar das crianças, professores e funcionários. Salas amplas, bem iluminadas e arejadas tornam as crianças mais calmas. Salas pequenas, com pouca iluminação, com certeza desencadearão alunos agitados e agressivos. 
Considerando a quantidade de horas que as crianças passam no cenário “escolas”, é fácil pensar que este ambiente será de significação relevante na história e na vida delas e que, portanto, deve ser devidamente pensado e planejado em função dos objetivos, dos sujeitos. Trata-se de utilizar a escola como uma ferramenta pedagógica (MUNTANOLA, 1980 apud ARRIBAS, 2004, p. 364).
                A organização de espaços abertos a todos, crianças e famílias, o desenvolvimento de atividades compartilhadas, o estabelecimento de parcerias e o diálogo constante da gestão da instituição com a equipe de profissionais, crianças e suas famílias. A definição de espaços e tempos, em função de uma concepção de infância e de atendimento que inclua as crianças e suas famílias, é primordial. Isto porque a organização do tempo e do espaço, nas instituições de Educação Infantil, vai denotar o projeto pedagógico ali vivido.
O espaço deve então ser múltiplo e ao mesmo tempo proporcionar ambientes de vivências individuais, deve conter os elementos que nos constituem enquanto seres que sentem pelo cheiro, pelo toque, pelo gosto, pelo olhar e pela audição. Espaços para as infâncias são espaços que as traduzem, mas também as modificam, que as acolhem em um momento e em outro as libertam para criar, recriar e manifestar a sua cultura. Um espaço que seja um espaço/criança. E para isso deve-se compreender que a criança gosta de ficar sozinha, gosta de ficar com os adultos, mas do que ela mais gosta é de ficar brincando com os seus pares, imitando, reproduzindo e recriando, enfim, criando cultura infantil. 
Ter um ambiente aconchegante, que proporcione o descanso é, pelo que se percebe nas ações das crianças, algo que lhes agrada. A partir do momento em que se criam espaços novos em uma sala, podemos observar que as interações se tornam, por um tempo, mais duradouras, já que a curiosidade acaba unindo as crianças para um objetivo comum. Um ambiente que possibilite as relações, a expressão das múltiplas formas de linguagem, a vivência livre de seu imaginário. Esta indicação não se restringe aos momentos de sono, mas a todas as situações propostas, tanto pelas profissionais quanto pelas crianças, dentro das escolas. 

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
            
A Educação Infantil é o verdadeiro alicerce da aprendizagem, aquela que deixa a criança pronta para aprender, para se desenvolver um adulto com muitas capacidades. A Educação Infantil contribui sim, na formação do indivíduo, e, consequentemente, do cidadão ativo e participante da sociedade, pois transmite valores, regras, atitudes, dentre outros que são essenciais e os quais serão lembrados e utilizados por toda a vida, proporcionando experiências e interações com o mundo social e físico de forma ajustada às sucessivas idades que abrange, seguindo princípios pedagógicos de acordo com o desenvolvimento precoce.
Uma vez entendido o verdadeiro sentido dessa etapa e a importância em relação à formação do homem, a educação disporá de novos rumos que engrandeçam a sua ação para as crianças pequenas. Quanto mais rapidamente todos entenderem a importância da Educação Infantil a realidade educativa de instituições e profissionais, e assim das crianças, mais eficazmente se reconhecerá a relevância e premência da educação como instrumento de mudança para país.



REFERÊNCIAS


MULLER, Ana Paula Pamplona Da Silva. Pedagogia Da Educação Infantil. IndaialEditora: Grupo UNIASSELVI. 2008.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                               

LITERATURA INFANTIL: MARAVILHOSO MUNDO DA IMAGINAÇÃO


                                                                                              Prof.ª: Andreia Nigaretta da Rosa

RESUMO

Mergulhar no mundo da imaginação é maravilhoso em qualquer idade, mas é quando se é criança começando a vida escolar que tudo é mais divertido, lendo um bom livro, escutando uma boa historia contada de modo divertido. Neste sentido, a literatura infantil é um caminho que leva a criança a desenvolver a imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e significativa. Através desse trabalho pretendo conscientizar as crianças das séries iniciais a importância de ler, a leitura deve estar presente no nosso dia a dia escolar para que haja um interesse por parte das crianças. O presente estudo começa ajudando a entender o que é a Literatura Infantil, bem como alguns conceitos de irrelevante importância, e estuda - lá dentro contexto escolar. Cada vez fica mais claro que a leitura deve ser a principal arma do professor na hora de educar é através da leitura que formamos desde crianças cidadãos mais conscientes, pois pensar nas crianças e em sua relação com os livros é pensar no futuro, e pensar no futuro é ter a responsabilidade de construir um mundo plural e democrático.                                                                                                                                                             
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           Palavras-chave: Literatura Infantil, criança e séries iniciais. 


1 INTRODUÇÃO
            O estudo realizado tem por objetivo verificar a contribuição da literatura infantil, no desenvolvimento do individuo enquanto criança. A literatura vem sendo ao longo dos anos o caminho que leva a criança a desenvolver sua imaginação, sentimentos de forma prazerosa e significativa procurando desenvolver um individuo critico, responsável e atuante na sociedade.             Esta pesquisa visa enfocar a importância que a literatura infantil tem, pois ela é fundamental para a aquisição de conhecimentos e informações. É necessário a aplicação coerente de atividades que despertam o prazer de ler, e estas devem estar presentes na vida da criança desde que elas são bebês e deve ser diariamente. Criança não gosta de ler por obrigação, deve-se motivar e procurar despertar o gosto pela leitura. Pois ela exerce notável importância na vida da criança, ou seja, no desenvolvimento emocional ou na capacidade de expressar suas ideias. Na vida existem dois fatores que contribuem para despertar o gosto pela leitura nas crianças, a curiosidade e o exemplo. Sendo assim o livro deveria ser peça fundamental e indispensável em todos os lares.
            Após realizar um estudo mais aprofundado sobre literatura infantil onde foi preciso buscar saber em primeiro lugar oque é a literatura infantil , a importância das historias e alguns conceitos, pude perceber que a literatura infantil e a leitura andam lado a lado e são indispensáveis no desenvolvimento do cidadão sendo ele criança ou adulto.

2 - O QUE É LITERATURA INFANTIL
            Pode-se dizer que o grande segredo da literatura infantil é trabalhar o imaginário e a fantasia não só das crianças, mas dos adultos também, pois o termo infantil associado com a literatura não quer dizer que ela seja só para crianças, mas para todo o leitor.
            Literatura é arte, é algo que é capaz de despertar nas pessoas diversas emoções tais como raiva, tristeza, alegrias, ansiedade e outras mais. Na criança desperta o desejo de perguntar, pensar, questionar e até mesmo de duvidar. O contato com a leitura de textos interessantes faz nos perceber quão importante e cheia de responsabilidade é toda forma de leitura.
      COELHO (2000) assim inicia a sua discussão sobre o tema:

Literatura infantil é, antes de tudo, literatura; ou melhor, é arte: fenômeno de criatividade que representa o mundo, o homem, a vida, através da palavra. Funde os sonhos e a vida prática, o imaginário e o real, os ideais e sua possível/impossível realização.

,          A literatura infantil é um caminho que leva a criança a desenvolver a imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e significativa.

 3- IMPORTÂNCIA DE OUVIR HISTORIAS
            Ouvir histórias é um acontecimento tão prazeroso que desperta o interesse das pessoas em todas as idades. Se os adultos adoram ouvir uma boa história, um “bom causo”, a criança é capaz de se interessar e gostar ainda mais por elas, já que sua capacidade de imaginar é mais intensa. O primeiro contato da criança com um texto é realizado oralmente, quando o pai, a mãe, os avós ou outra pessoa conta-lhe os mais diversos tipos de histórias. A preferida, nesta fase, é a história da sua vida. A criança adora ouvir como foi que ela nasceu, ou fatos que aconteceram com ela ou com pessoas da sua família. À medida que cresce, já é capaz de escolher a história que quer ouvir, ou a parte da história que mais lhe agrada. É nesta fase, que as histórias vão tornando-se aos poucos mais extensas, mais detalhada.
           A criança passa a interagir com as histórias, acrescenta detalhes, personagens ou lembra de fatos que passaram despercebidos pelo contador. Essas histórias reais são fundamentais para que a criança estabeleça a sua identidade, compreender melhor as relações familiares.
            Algum tempo depois, as crianças passam a se interessar por histórias inventadas e pelas histórias dos livros, como: contos de fadas ou contos maravilhosos, poemas, ficção, etc. Têm nesta perspectiva, a possibilidade de envolver o real e o imaginário importante contar histórias mesmo para as crianças que já sabem ler, pois as crianças maiores ouvem as histórias, aprimoram a sua capacidade de imaginação, já que ouvi-las pode estimular o pensar, o desenhar, o escrever, o criar, o recriar. Num mundo hoje tão cheio de tecnologias, onde as informações estão tão prontas, a criança que não tiver a oportunidade de suscitar seu imaginário, poderá no futuro, ser um indivíduo sem criticidade, pouco criativo, sem sensibilidade para compreender a sua própria realidade. 
            O contato da criança com o livro pode acontecer muito antes do que os adultos imaginam. Muitos pais acreditam que a criança que não sabe ler não se interessa por livros, portanto não precisa ter contato com eles. O que se percebe é bem ao contrário as crianças bem pequenas interessam-se pelas cores, formas e figuras que os livros possuem e que mais tarde, darão significados a elas, identificando-as e nomeando-as. É importante que o livro seja tocado pela criança, folheado, de forma que ela tenha um contato mais íntimo com o objeto do seu interesse. A partir daí, ela começa a gostar dos livros, percebe que eles fazem parte de um mundo fascinante, onde a fantasia apresenta-se por meio de palavras e desenhos.

4- ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES
           Inúmeros pesquisadores têm-se empenhado em mostrar aos pais e professores a importância de se incluir o livro no dia-a-dia da criança. Afirma-se que , comparada ao cinema, ao rádio e à televisão, a leitura tem vantagens únicas. Em vez de precisar escolher entre uma variedade limitada, posta à sua disposição por cortesia do patrocinador comercial, ou entre os filmes disponíveis no momento, o leitor pode escolher entre os melhores escritos do presente e do passado. Lê onde e quando mais lhe convém, no ritmo que mais lhe agrada, podendo retardar ou apressar a leitura; interrompê-la reler ou parar para refletir, a seu bel-prazer. Lê o que, quando, onde e como bem entender. Essa flexibilidade garante o interesse continuo pela leitura, tanto em relação à educação quanto ao entretenimento. Chama-se atenção para um contato sensorial com o objeto livro, que, revela "um prazer singular" na criança. Na leitura, por meio dos sentidos, a criança é atraída pela curiosidade, pelo formato, pelo manuseio fácil e pelas possibilidades emotivas que o livro pode conter. "
            Quando se tomar contato com qualquer obra nomeada de literatura infantil, antes de tudo deve-se tomá-la como um texto portador de uma linguagem especifica e cujo objetivo tem expressar experiências humanas e, em razão disso, não deve e não pode ser definida com exatidão.            Frente a isso podemos dizer que, analisar literatura infantil é analisar uma obra de arte, e, por esse motivo o estudioso ou professor precisa estar ciente de que está diante de um processo de comunicação historicamente construído em que um destinador se dirige a um destinatário, ou seja, um adulto se dirige a uma criança. No caso da literatura infantil, a concepção de literatura esta estreitamente ligada ao que se entende por alfabetização. Pois na historia a alfabetização aparece numa visão mais restrita ao texto verbal, mas ora se amplia para diversos tipos de texto, pois se pode ler um texto visual, o teatro, as pessoas que nos rodeia ou ate mesmo o mundo. 

5-O QUE É LER LITERATURA INFANTIL?
            Entende-se que há varias possibilidades de fazer sentir imagens por meio da literatura infantil, não apenas por meio da linguagem verbal. Há varias maneiras de construção e percepção de imagens no e pelo texto destinado ao publico infantil. Então devemos entender o ato de ler como um mecanismo em que se faz presente vários processos e sendo assim existe a demanda de varias competências e habilidades. Nem uma leitura torna-se possível sem o funcionamento do cérebro, a leitura é primeira uma operação de percepção, de identificação e de memorização.  É preciso lembrar que é importante ao oferecer um livro à criança ver se ele esta adequado à sua maturidade como leitor. O professor pode contribuir para que haja uma amizade entre a criança e o livro tornando ela mais próxima desse objeto e demonstrando todas as possibilidades de diversão ali existentes. 

    6- A LITERATURA INFANTIL NO CONTEXTO ESCOLAR                                    
              Sabe-se que a literatura é arte, e a infantil deve ser apreciada, pesquisada, estudada e por ela ser arte é parte importantíssima na formação do sujeito. O contexto escolar e literatura infantil atuam as duas na formação dos sujeitos buscando a criticidade, a conscientização dos mesmos.
            A educação escolar além de ser assegurado por lei tem papel fundamental no desenvolvimento do ser humano. Tem por principio auxiliar e contribuir para o crescimento afetivo e cognitivo dos sujeitos envolvidos. A escola local para ocorrer à educação tem uma responsabilidade enorme ao propiciar momentos de crescimento pleno. 
            A literatura assim faz parte do contexto escolar que se destina o ensino sistematizado da leitura e da escrita. Na escola a literatura infantil como arte proporciona o contato com o universo mágico e de infindáveis possibilidades ao leitor. A literatura e a leitura têm sem duvida um papel fundamental também ao contexto escolar, pois são riquíssimos agentes formadores. 

 CONSIDERAÇÕES FINAIS
         Desenvolver o gosto e o habito pela leitura é um processo constante e em desenvolvimento diário que começa quando a criança é bebê em casa, tem um aperfeiçoamento na escola e continua pela vida inteira. Há dois fatores determinantes para o desenvolvimento do gosto pela leitura, o primeiro é o que veem de casa que é o exemplo, se a criança houve historia e se tem contato com livros ambos desde cedo e que é estimulada terá mais interesse pela leitura. Outro fator que contribui é a curiosidade, que deve sempre ser cutucada pelo professor, já que esse tem grande influência sobre a criança. 
        Assim, as condições necessárias ao desenvolvimento de hábitos positivos de leitura, incluem oportunidades para ler de todas as formas possíveis. Frequentar livrarias, feiras de livros e bibliotecas são excelentes sugestões para tornar permanente o hábito de leitura. Num mundo tão cheio de tecnologias em que se vive o lugar do livro parece ter sido esquecido. Há muitos que pensem que o livro é coisa do passado, que na era da Internet, ele não tem muito sentido. Mas, quem conhece a importância da literatura na vida de uma pessoa, quem sabe o poder que tem uma história bem contada, quem sabe os benefícios que uma simples história pode proporcionar, com certeza haverá de dizer que não há tecnologia no mundo que substitua o prazer de tocar as páginas de um livro e encontrar nelas um mundo repleto de encantamento. 
         A leitura não só desperta na criança o gosto pelos bons livros e pelo hábito de ler como, também, contribui para despertar a valorização exata das coisas, desenvolver suas potencialidades, estimular sua curiosidade, inquietar-se por tudo que é novo, ampliar seus horizontes e progredir.
         A leitura é uma atividade que necessita estar na rotina das crianças é importante existir a cumplicidade entre a criança e o contador de histórias, do ponto de vista afetivo, porque a ilustração e o texto ajudam o acesso ao mundo dos adultos.


REFERÊNCIA

COELHO, Nelly Novaes. A Literatura Infantil. São Paulo: Moderna, 2000.

COSTA, Camila Almeida Pinheiro da. Literatura Infantil Indaial: Ed. Grupo UNIASSELVI 2010.

GREGORIN FILHO. José Nicolau. Literatura Infantil: Múltiplas linguagens na formação de leitoresSão Paulo: Melhoramentos, 2009.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

ALUNO X FAMILIA X ESCOLA: A IMPORTANCIA DESSA RELAÇÃO NO DESEMPENHO ESCOLAR

ALUNO X FAMILIA X ESCOLA: A IMPORTANCIA DESSA RELAÇÃO NO DESEMPENHO ESCOLAR 

Ana Aurora Barbosa Debortolli 

RESUMO 
O presente artigo discorrerá sobre a importância do bom relacionamento entre família e escola para efetivo desempenho escolar das crianças, quanto maior for à participação da família, mais eficaz será o trabalho da escola e mais as crianças obterão desenvolvimento tanto na aprendizagem quanto seu desenvolto social. Para a abordagem do tema recorreu-se a pesquisa bibliográfica na qual se obteve embasamento teórico relacionados a alguns conceitos, como: família, escola, aprendizagem e desenvolvimento humano. 

ABSTRACT 
This article will talk about the importance of good relations between family and school for effective school performance of children , the greater the participation of the family, the more effective the school work and more children will get development both in learning how their social Jaunty . To approach the subject turned to literature in which theoretical knowledge obtained is related to some concepts , such as family , school, learning and human development. 

INTRODUÇÃO 
Sabe-se que existe uma preocupação por parte de muitos estudiosos e pesquisadores em contribuir para um trabalho mais rico e significativo nas escolas. Mas, ao se fazer uma análise do atual contexto escolar, nota-se que ainda são muito perceptíveis no cotidiano da escola, as reclamações e insatisfações por parte dos professores em relação aos alunos e vice-versa. Ou seja, a relação professor-aluno parece ser permeada por animosidades ou conflitos. Diante de tantos desconfortos pedagógicos, houve alguns impasses: Entender ou repreender? Orientar ou ignorar? A partir daí, tomou-se a decisão de olhar de frente o problema e o aproveitar para um tema de pesquisa a ser investigado: Como a relação professor-aluno pode contribuir no processo ensino-aprendizagem? 
Em todo processo de aprendizagem humana, a interação social e a mediação do outro tem fundamental importância. Na escola, pode-se dizer que a interação professor-aluno é imprescindível para que ocorra o sucesso no processo ensino aprendizagem. Por essa razão, justifica-se a existência de tantos trabalhos e pesquisas na área da educação dentro dessa temática, os quais procuram destacar a interação social e o papel do professor mediador, como requisitos básicos para qualquer prática educativa eficiente.  

 1. PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM 
De acordo com as abordagens de Paulo Freire, percebe-se uma vasta demonstração sobre esse tema e uma forte valorização do diálogo como importante instrumento na constituição dos sujeitos. No entanto, esse mesmo autor defende a ideia de que só é possível uma prática educativa dialógica por parte dos educadores, se estes acreditarem no diálogo como um fenômeno humano capaz de mobilizar o refletir e o agir dos homens e mulheres. E para compreender melhor essa prática dialógica, Freire acrescenta que [...], o diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro em que se solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser transformado e humanizado, não pode reduzir-se a um ato de depositar ideias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se simples troca de ideias a serem consumidas pelos permutantes. (FREIRE, 2005, p. 91). 
Assim, quanto mais o professor compreender a dimensão do diálogo como postura necessária em suas aulas, maiores avanços estará conquistando em relação aos alunos, pois desse modo, sentir-se-ão mais curiosos e mobilizados para transformarem a realidade. Quando o professor atua nessa perspectiva, ele não é visto como um mero transmissor de conhecimentos, mas como um mediador, alguém capaz de articular as experiências dos alunos com o mundo, levando-os a refletir sobre seu entorno, assumindo um papel mais humanizador em sua prática docente. Já para Vygotsky, a ideia de interação social e de mediação é ponto central do processo educativo. Pois para o autor, esses dois elementos estão intimamente relacionados ao processo de constituição e desenvolvimento dos sujeitos. A atuação do professor é de suma importância já que ele exerce o papel de mediador da aprendizagem do aluno. Certamente é muito importante para o aluno a qualidade de mediação exercida pelo professor, pois desse processo dependerão os avanços e as conquistas do aluno em relação à aprendizagem na escola. 
Quando se imagina uma escola baseada no processo de interação, não se está pensando em um lugar onde cada um faz o que quer, mas num espaço de construção, de valorização e respeito, no qual todos se sintam mobilizados a pensarem em conjunto. 
Afetividade a escola pode ser considerada como um dos espaços essencialmente propícios, e talvez único, capaz de desenvolver e elevar o indivíduo intelectual e culturalmente dentro de uma sociedade. Entretanto, as relações estabelecidas no contexto escolar entre alunos e professores têm exigido bastante atenção e preocupação por parte daqueles que encaram a escola como espaço de construção e reconstrução mútua de saberes. Nesse sentido, acredita-se que uma das tarefas das equipes pedagógicas de qualquer escola, é a criação de estratégias eficazes, no sentido de promover uma formação continuada, a qual possibilite uma relação pedagógica significativa e responsável entre professores e alunos, garantindo a todos a melhoria no processo ensino aprendizagem. Entende-se que cada ser humano, ao longo de sua existência, constrói um modo de relacionar-se com o outro, baseado em suas vivências e experiências. Dessa forma, o comportamento diante do outro depende da natureza biológica, bem como da cultura que o constituiu enquanto sujeito. Nessa perspectiva, é de fundamental importância entender que a sala de aula é um espaço de convivências e relações heterogêneas em ideias, crenças e valores. 
Sendo assim, a escola precisa criar um ambiente mais estimulante e afetivo que possibilite a esse adolescente enxergar-se nesse processo. Por esse motivo, a mediação do professor é uma contribuição que irá ajudar o aluno do segundo segmento do Ensino Fundamental a dar sentido ao seu existir e ao seu pensar. É importante que se ressalte que, quando se fala em proporcionar uma relação professor-aluno baseada no afeto, de forma alguma, confunde-se aqui afeto com permissividade. Pelo contrário, a ação do professor deve impor limites e possibilidades aos alunos, fazendo com que estes percebam o professor como alguém que, além de lhe transmitir conhecimentos e preocupar-se com a apropriação dos mesmos, compromete-se com a ação que realiza, percebendo o aluno como um ser importante, dotado de ideias, sentimentos, emoções e expressões. 

2. A FAMILIA E O DESEMPRENHO ESCOLAR 
A escola e a família, assim como outras instituições, vêm passando por profundas transformações ao longo da história. Estas mudanças acabam por interferir na estrutura familiar e na dinâmica escolar de forma que a família, em vista das circunstâncias, entre elas o fato de as mães e/ou responsáveis terem de trabalhar para ajudar no sustento da casa, tem transferido para a escola algumas tarefas educativas que deveriam ser suas. 
Percebe-se desta forma que a interação família/escola é necessária, para que ambas conheçam suas realidades e suas limitações, e busquem caminhos que permitam e facilitem o entrosamento entre si, para o sucesso educacional do filho/aluno. Nesse sentido, faz-se necessário retomar algumas questões no que se refere à escola e à família tais como: suas estruturas e suas formas de relacionamentos, visto que, a relação entre ambas tem sido destaque. 
MARCHESI (2004) nos diz que a educação não é uma tarefa que a escola possa realizar sozinha sem a cooperação de outras instituições e, a nosso ver, a família é a instituição que mais perto se encontra da escola. Sendo assim se levarmos em consideração que Família e Escola buscam atingir os mesmos objetivos, devem elas comungar os mesmos ideais para que possam vir a superar dificuldades e conflitos que diariamente angustiam os profissionais da escola e também os próprios alunos e suas famílias. A escola nunca educará sozinha, de modo que a responsabilidade educacional da família jamais cessará. Uma vez escolhida a escola, a relação com ela apenas começa. É preciso o diálogo entre escola, pais e filhos. (REIS, 2007). 
Portanto, uma boa relação entre a família e a escola deve estar presente em qualquer trabalho educativo que tenha como principal alvo, o aluno. A escola deve também exercer sua função educativa junto aos pais, discutindo, informando, orientando sobre os mais variados assuntos, para que em reciprocidade, escola e família possam proporcionar um bom desempenho escolar e social às crianças. Pois, [...] se toda pessoa tem direito à educação, é evidente que os pais também possuem o direito de serem, senão educados, ao menos, informados no tocante à melhor educação a ser proporcionada a seus filhos. (PIAGET, 2007). 
Lembrando CORRÊA as diferenças no aprender dizem respeito à hereditariedade, ao gênero, à cultura e ao ritmo no processo de aprendizagem. Percebe-se então, que experiências familiares aliadas ao trabalho escolar resultam numa melhora eficaz em relação ao nível de aprendizagem e consequentemente do rendimento escolar, pois, fica claro no discurso diário dos professores que os alunos que recebem atenção significativa por parte da família, tendem a apresentar um melhor rendimento escolar, ao passo que aqueles que não recebem atenção adequada apresentam quase sempre desempenho escolar abaixo do esperado. Quando a família passou a frequentar a escola e relacionar-se melhor com seus filhos e com os professores, estes mostraram uma melhora sensível em seus rendimentos. Delors observa: Os meios de vida, de estudos, por onde circulam os aprendizes são tão importantes quanto às atividades educacionais que abrigam. Sua influência deve-se ao fato de que eles são desigualmente motivadores, diferentemente estimulantes e mais ou menos propícios a aprendizagens significativas. A cultura da instituição, da família e da sociedade é igualmente um fator de ensino. (DELORS, 2005, p. 196) 

CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A escola constitui um contexto diversificado de desenvolvimento e aprendizagem, isto é, um local que reúne diversidade de conhecimentos, atividades, regras e valores e que é permeado por conflitos, problemas e diferenças (Mahoney, 2002). É nesse espaço físico, psicológico, social e cultural que os indivíduos processam o seu desenvolvimento global, mediante as atividades programadas e realizadas em sala de aula e fora dela (Rego, 2003). O sistema escolar, além de envolver uma gama de pessoas, com características diferenciadas, inclui um número significativo de interações contínuas e complexas, em função dos estágios de desenvolvimento do aluno. Trata-se de um ambiente multicultural que abrange também a construção de laços afetivos e preparo para inserção na sociedade (Oliveira, 2000). 




REFERÊNCIAS  
CORREA, Rosa Maria. Dificuldades no aprender: um outro modo de olhar. Campinas: Mercado de Letras, 2001. 
DELORS, J. (org.) Educação para o século XXl. Porto Alegre: Artmed, 2005 
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. 19 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. 
MARCHESI, ÁLVARO; Gil H. Carlos. Fracasso Escolar - uma perspectiva multicultural. Porto Alegre: ARTMED, 2004. 
MAHONEY, A. A. (2002). Contribuições de H. Wallon para a reflexão sobre as questões educacionais. In V.S. Placco (Org.), Psicologia & Educação: Revendo contribuições (pp. 9-32). São Paulo: Educ. 
OLIVEIRA, Z. M. R. (2000). Interações sociais e desenvolvimento: A perspectiva sociohistórica. Caderno do CEDES, 20, 62-77. 
PIAGET, Jean. Para onde vai à educação? Rio de Janeiro: José Olímpio, 2007. 
REIS, Risolene Pereira. In. Mundo Jovem, nº. 373. Fev. 2007, p.6. 
REGO, T. C. (2003). Memórias de escola: Cultura escolar e constituição de singularidades. Petrópolis, RJ: Vozes 
VYGOTSKY, L. S. (1983). Fundamentos de defectología. Havana, Cuba: Pueblo y Educación 
VYGOTSKY, L. S. (1987). Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes.  
VYGOTSKY, L. S. (1991). A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes