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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

RELACIONAMENTO ALUNO/PROFESSOR E A ESCOLA



RELACIONAMENTO ALUNO/PROFESSOR E A ESCOLA

Prof. Ivan Roberto Ferri

Resumo: Este trabalho objetiva explicar um pouco do relacionamento entre professores, alunos e a escola. Os mínimos requisitos necessários para a construção de uma vivência produtiva e fraternal dentro dessa esfera chamada de comunidade escolar.

Palavras-chave: aluno – professor – escola – relação.

Nos últimos anos, a relação entre professores e alunos tem sido uma das grandes preocupações do ambiente escolar. Esta relação tem um papel significativo nos processos de ensino e aprendizagem, devendo ser estabelecida através do respeito mútuo. O professor é o mediador de todo o processo de construção do conhecimento do aluno que interage com essa construção. Os professores que atuam nas escolas devem perceber a sua importância na vida dos alunos, para que haja nas escolas uma educação condizente com o contexto social do aluno. É conhecendo a realidade dos alunos e partindo dela, que o professor obtém sucesso na sua tarefa de construir.
Grandes são os desafios de uma aula construtiva e prazerosa.  Muitos educadores se queixam da indisciplina dos alunos. As causas variam: falta de limite do educador e problemas de consequências familiares, sociais, entre outros. Na maioria das vezes os problemas são o reflexo da desestruturação das famílias e também da inversão de valores quanto a educar, transformando-se a tarefa de educar em total responsabilidade da escola, e sabemos, que a educação se faz no seio familiar. Segundo destaca Dias 2005:
A família é um grupo aparentado responsável principalmente pela socialização de suas crianças e pela satisfação de  necessidades básicas. Ela consiste em um aglomerado de pessoas relacionadas entre si pelo sangue, casamento, aliança ou adoção, vivendo juntas ou não por um período de tempo indefinido. (DIAS 2005, p. 210):
         A educação no seio familiar é cheia de desafios para os pais e nunca será fácil de ser concebida. Segundo Cury (2003, p. 28): “hoje, bons pais estão produzindo filhos ansiosos, alienados, autoritários, indisciplinados e angustiados”. Nesta perspectiva, destaca o mesmo autor que além de não adotarem um tempo para educar os filhos a enfrentar os problemas sociais, a própria sociedade é responsável em “deseducá-los” devido à quantidade de estímulos que exercem na criança. Para uma educação com qualidade, a família deve trabalhar para a construção de cidadania, saber e conhecimentos relevantes como citados anteriormente. Para isto, precisam participar em conjunto com a instituição educacional, a família trabalhando para o desenvolvimento da criança, criatividade e seu comportamento, isto é importante na construção de um adulto de sucesso.
         O professor precisa fazer o papel de mediador entre os alunos para que eles aprendam a conviver entre seus semelhantes. Seu papel, juntamente com a escola, é o de acolher, entender a realidade e orientar a convivência em sociedade, torna-lo ser social. Essa tarefa acontece diariamente e nunca é fácil contornar as adversidades que vem como bagagem, a não ser através da afetividade, que segundo Freire, o fator afetivo serve de referência para que o professor trabalhe não só elementos da construção do real, mas também a constituição do próprio sujeito, como os valores e o caráter. Ademais, a criança que se sente amada, aceita, valorizada e respeitada, adquire autonomia e confiança e aprende a amar, desenvolvendo um sistema de autovalorização e importância. A autoestima é algo que se aprende: se uma criança tiver uma opinião positiva sobre si mesma e sobre os outros, terá mais condições de aprender. Nesse ponto, o papel do educador é fundamental, sendo seu desempenho um bloco de construção da afetividade na criança. Faz parte do papel do professor a compreensão de que as ligações afetivas são as primeiras formas de relacionamento da criança com o mundo á sua volta.
         Quando se imagina uma escola baseada no processo de interação, pensa-se em união e interação sendo escola , aluno e famílias uma só, mas num espaço de construção do educando, valorizando e  respeitando as particularidades e vivencias da criança, no qual todos se sintam mobilizados a pensarem em conjunto. A escola é um local de mutualidade e não um local onde cada um faz da maneira que quer. Antes de empregar suas ideias deve unir-se com o restante do grupo para dialogar e planejar, para obter sucesso no produto final, que nesse caso é o aprendizado e socialização do educando.
A criança precisa sentir que o educador é seu porto seguro e que juntamente com escola, promove seu acolhimento e de sua família para juntos construírem o conhecimento e tão sonhada educação em dias conturbados e de incertezas, como são os dias de hoje.

Prof. Ivan R. Ferri

REFERÊNCIAS
FREIRE, Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
DIAS, Maria Luíza. Vivendo em família. São Paulo: Moderna, 2005.

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