VARGAS,
BETTIO, Adriane Regina, formação Bacharel e Licenciada em Educação Física e Pós
Graduação em Educação Física Escolar.
“Atualmente
a educação exige que os professores sejam multifuncionais, não apenas
educadores, mas psicólogos, pedagogos, filósofos, sociólogos, psicopedagogos,
recreacionistas e muito mais para que possamos desenvolver as habilidades e a
confiança necessários em nossos educandos, para que tenham sucesso no processo
de aprendizagem e na vida”. (MARTINS; QUEIROZ,2002, p. 137).
Tomando
por base está citação, nos deparamos com as “diferentes funções” que o educador
contemporâneo confronta-se em seu dia a dia para efetivar sua pratica
pedagógica. As exigências de nossos educandos, pais, sociedade, são inúmeras,
pois devemos ser e agir como “artistas”. Nesse sentido, percebe-se que as
influências da mídia, das novas tecnologias, confrontam-se diretamente com a
aprendizagem e com valores, mudanças estas constantes, não dando tempo para nos
adaptarmos e outra se apresenta, modificada, ampliada frente a isso, o
professor necessita estar seguro de sua ação pedagógica, mas muitas vezes,
acaba também confundido com a inovação constante que permeia a educação de um
modo geral.
Novas
propostas pedagógicas, uma sempre tentando se sobressair às outras e, para o
professor, resta adaptar-se e buscar resolver a sua aula de maneira que possa
atender as demandas dos diferentes alunos e tendo que incluí-los nas suas
diferenças e características físicas, psicológicas, cognitivas distintas,
inseridos em uma cultura que na maioria das vezes é atingida pelas mudanças
radicais impostas pela mídia desestruturando os conceitos e valores
estabelecidos transformando seu fazer e agir. A violência, as drogas, a precocidade
com que as mudanças acontecem, dificultam as relações entre professor e alunos
gerando conflitos, o professor por sua vez, depara-se de “mãos atadas” para
lidar com tais situações. Os pais repassam a responsabilidade de seus filhos
para escola, esta necessita de apoio dos mesmos para juntos acharem o caminho,
para sanarem dúvidas, dificuldades enfrentadas no convívio escolar e familiar.
Enquanto
os professores necessitam de ajuda dos pais, estes distanciam-se cada vez mais
do espaço escolar, restando para a escola os conflitos e anseios que se
apresentam cada vez mais avançados, ousados. Em meio a este turbilhão de
transformações o professor sente-se desafiado a estar em constante
aperfeiçoamento, pesquisando, confrontando saberes tidos como ultrapassados com
novos, buscando sempre o melhor para a sua ação pedagógica, bem como para sua
vida pessoal.
O
que devemos ter presente em nosso fazer pedagógico é que mesmo com constantes
transformações que nos desestabilizam, nos impulsionando a buscas novos
métodos, novas práticas levando em consideração que temos em nossas mãos seres
humanos, com sentimentos diferentes, dúvidas, curiosidades e para tanto,
devemos ter a coragem para ousar, transformar, levando na bagagem o que é bom,
unindo com novas e boas propostas que se adequem a nossa realidade, para
efetivação de nossas aulas. Com isso, nos tornaremos profissionais seguros e
eficientes, mas acima de tudo humanos, tendo a humildade de aceitarmos que
somos frágeis, com limitações, mas que podemos e devemos errar, para buscarmos
possíveis acertos, o novo, o diferente, não nos sentindo estagnados no tempo e
na história afinal, o mundo está em constante transformação, consequentemente a
educação, os educandos, a sociedade de um modo geral.
Neste
sentido, retomo a citação de início, que devemos ser como artistas, para
melhorarmos nossa ação pedagógica, transformando os desafios encontrados em
ações concretas no dia a dia escolar, transformando para melhor a educação de
um modo geral, inserida na sociedade contemporânea na qual vivemos.
Referência
Bibliográfica: MARTINS, João Luis; QUEIROZ, Tânea Dias. Pedagogia Lúdica. Jogos e Brincadeiras de A e Z 1° ed. Editora
Ridel, 2002.
Educadora Física da
Rede Municipal de Educação de Barra do Guarita.
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