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segunda-feira, 27 de agosto de 2018


ARTE NAS SÉRIES INICIAIS

                                                       Andreia Nigaretta da Rosa


RESUMO


O presente artigo  trata da arte nas séries iniciais abordando para isso a música, pois apartir do ano de2012 ela passa a ser obrigatória no ensino fundamental incluindo assim as séries iniciais.   É por meio desse tipo de prática que inserimos a dança no universo da criança. Então, parece-nos evidente a exploração desse estímulo quando buscamos facilitar o desenvolvimento das capacidades motoras e da criatividade de nossas crianças. A arte vem desde os tempos antigos, sendo que foi introduzida no Brasil pelos Jesuítas. Mas é depois da semana de Arte Moderna que ela se manifesta com mais força no Brasil e é apartir daí que percebe-se que a arte pode ser entendida de outra forma. . É apartir da Lei Nº5. 692/71e da LDB Nº.9.394/96 que a arte é introduzida nas escolas e no currículo escolar. A música assunto ao qual me deterei é de suma importância para o desenvolvimento integral das crianças e após aprofundar meus estudos vejo que a arte deve ser cada vez mais trabalhada nas escolas sendo muito importante para a criança se expressar, para isso deve-se preparar profissionais capazes de aplicá-la corretamente.                                              
                                      
Palavras-chave: Arte, Desenvolvimento e Crianças.


1 INTRODUÇÃO


A arte constantemente abre portas para um caminho onde o impossível não existe. Trabalhar a arte dá possibilidades de improvisar, transformar, ir além da superficialidade, entrelaçar os conhecimentos, em suma, entrar no terreno criativo da condição humana. Esta manifestação confere às artes uma importância que vai além de disciplina no currículo escolar, pois é produto íntimo da formação humana. O sujeito percebe a sensibilidade da humanidade quando tem a arte como algo significativo em sua educação. Todo este jogo do corpo demonstra a presença e importância das artes cada vez mais no nosso âmbito. A arte não é e não deve ser vista como domínio de alguns especialistas. Ela interage em todos os momentos da nossa vida como também tem presença marcante em nossa educação
Para realizar o presente trabalho sobre arte nas séries iniciais foi preciso aprofundar meus conhecimentos para isso aprofundei-me sobre a Arte e seu ensino bem como a arte no Brasil, princípios e historicidade a partir das correntes contemporâneas da educação fundamentada na arte; a Semana da Arte Moderna; a LDB Lei n.º.692/1971 e a obrigatoriedade da Educação Artística, a LDB nº. 9.394/96. Ao longo da história do ensino de arte no Brasil, a forma de como a Arte foi concebida e como ela interage na sociedade, no comportamento das pessoas, na educação e, sobretudo, na forma de ensinar e aprender. O que se percebe é que esta preocupação de que a Arte pode ser expressão da liberdade. Dentro da arte temos a música é será abordada em meu trabalho, pois é de suma importância no desenvolvimento do educando, sendo que é nas séries iniciais que tudo começa.

    2 ARTE

   2.1 ARTE NO BRASIL
São feitos os primeiros registros do ensino da arte no Brasil aproximadamente entre os anos de 1549 e 1808, neste período a educação estava sob responsabilidade dos grupos religiosos, principalmente os jesuítas que dividiam a educação dominada por eles em dois projetos: um para a catequização dos índios e outro para a elite dominante.segundo Ferraz e Fusari(2009), o método utilizado pelos jesuítas era atrativo pois sabiam aproveitar a musica, o conto coral e o teatro, para finalidade de formação religiosa.
Com relação aos nativos, eram educados nas missões e nos sistemas de “reduções” destinadas à catequese. As reduções, assim como as residências e os colégios, tornaram-se verdadeiras “escolas-oficinas” que formavam artesãos e pessoas para trabalhar em todas as áreas fabris. Nesses locais, os “irmãos oficinas” exerciam e ensinavam vários ofícios, tais como pintura, carpintaria, instrumentos musicais, tecelagem etc. (FERRAZ; FUARI; APUD SILVEIRA, 2010, p.11).
                 
 Neste período os poetas e escritores tinham grande prestigio, diferente dos artistas que não eram tão valorizados. Com as reformas do Marquês de Pombal por volta de 1808 à educação dos jesuítas perdeu forças, perderam o poder de atuar junto às escolas, no entanto formavam os professores aptos a atuar.
Foi neste período marcado por mudanças no cenário educacional, político e cultural que o sistema de ensino foi dividido em três níveis: primário secundário e superior. Foi neste momento que veio para o Brasil a Missão Artística Francesa, pois precisava acontecer uma reestruturação cultural no pais. Missão esta chefiada por Joachim Lebreton, que trouxe um grupo de artistas importados da França e também foi com a vinda da Missão que em 1816, foi criada a Escola das Ciências, Artes e Ofícios do Rio de Janeiro que um tempo depois foi transformada em Imperial Academia e Escola de Belas Artes.

                  2.2 A ARTE E O SEU ENSINO

No decorrer da história da Educação Brasileira, a Arte sempre foi relegada a um produto final de consumo. Pouco se demonstrou a preocupação da necessidade de que a Arte, como expressão e como processo, pudesse levar o aluno a uma leitura de mundo, expressando os sentimentos com liberdade e encontrando no pensar e na produção artística a interação do conhecimento.
 No entanto, uma preocupação apontada por Ana Mae Barbosa (2001, p.33), pesquisadora sobre o ensino de arte no Brasil, é que todo esse encantamento a despeito do "novo" também vem sendo sucessivamente introduzido no ensino de arte nas escolas brasileiras sem a mínima reflexão. A autora chama a atenção para a falta de conhecimento sobre o passado o que está levando professores (as) arte educadores (as) a valorizarem excessivamente o "novo", sem que haja alguma referencia teórica capaz de justificar seu uso. Ou seja, a metodologia do ensino de arte parece não acompanhar os movimentos culturais manifestados no país esta falta de estrutura interna no ensino da arte, ensino este que se pretende inovador, está levando a uma concepção de arte, uma espécie de fazer sem intenção.            
A partir de 1920, a Arte passa a ser incluída no currículo escolar como atividade integrativa, apoiando o aprendizado de outras disciplinas; porém, os exercícios de cópia são mantidos. Assim, com o advento da Semana da Arte Moderna pela primeira vez a arte brasileira sofre uma brusca transformação no quesito técnica, bem como no caráter subjetivo de sua criação. A Semana da Arte de 1922 trouxe a evidência de que a Arte poderia ser entendida de outra maneira. Os estudos de arte na educação tiveram um grande em pulso, com as idéias de livre expressão, trazidas por Emiliano Di Cavalcanti, Anita Malfatti e Mário de Andrade, que acreditavam que a Arte tinha como finalidade principal permitir que a criança expressasse seus sentimentos e também tinham a idéia de que ela não é ensinada, mas, sobretudo, manifestada. A Arte era aplicada à indústria, como técnica de melhoria de produtos ligados ao consumo manufatureiro, por meio de moldes e do desenho geométrico. Daí, as preocupações de incluir os moldes de desenho geométrico nos currículos escolares como forma de preparo de mão de obra pessoal para a indústria e como complemento da escrita. Desde então, várias determinantes estimularam essa aceleração da arte no processo de industrialização no Brasil pós Semana da Arte Moderna de 1922.

. 3 DA LEI Nº. 5.692/71 À LDB Nº. 9.394/96 E A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE ARTE

            As implicações decorrentes da aprovação do artigo 7.o da Lei n.º.692/71, que torna obrigatória a Educação Artística no ensino de 1º e 2.º graus, aumentaram a procura de cursos sobre Arte nos fundamentos da educação, logo depois de sua obrigatoriedade. Os debates sobre a desmistificação do ensino de arte e a atuação do professor já se encontravam bastante avançados. As discussões sobre a importância da Arte na educação, bem como sua obrigatoriedade, historicidade e metodologia, ganhavam importância de pesquisas nos programas de pós-graduação em Educação. Inicia-se, então, a construção dos pilares para uma ruptura do modelo antigo de ensino de Arte, indo do desdobramento dialético das tensões do ensino do desenho ligado à cópia ou como técnica até as concepções teóricas pragmáticas, entre o fazer e o perceber; a metodologia triangular adaptada por Ana Mae Barbosa (1999, p.34-43) história da arte, leitura da obra de arte e o fazer artístico; assim como a teoria de Pareyson (1989, p.29-31), fundamentada na concepção estética do processo artístico entre o fazer, o conhecer e o exprimir, na inter-relação simultânea com a Arte. A reconstrução das expectativas do ensino de Arte na educação escolar buscava e continua buscando o aprimoramento como o estudo do ser humano por meio da Arte. No entanto, a ausência de uma política de formação e aperfeiçoamento de recursos humanos sempre foram os percalços e o contrapelo do ensino de Arte na educação (prevista com a LDB Lei n.o.692/71), como um instrumento eficaz na formação humana. Assim, a ameaça como Arte menor, ou como ensino de arte desvalorizado, era explícita no pensamento impetrado pelo positivismo e o pragmatismo das influências externas. Pelo menos dois perigos rondavam a valorização da Arte como criação na escola. O primeiro foi que ao designar o currículo – a Lei n.o 5.692/71 – nomeadamente separava disciplina e atividades. O segundo foi à romanização da Arte, entendida o ato de criar como um "fator afetivo, que intervém no ato de aprender" Barbosa (1995) informa que a leitura do relatório do GT (Grupo de Trabalho) para a reforma de ensino de 1.ºe 2.º graus em que se faz corresponder ao fator reflexivo o pensamento, ao fator conativo a ação e ao fator afetivo a criação, alerta-nos para essa ameaça. Para Barbosa (1995, p.111), a ameaça estaria"em considerar a Arte apenas como uma atividade", e não com um estudo para a transformação humana. Aponta-nos ainda que esse entendimento poderá "dar continuidade  ao preconceito contra arte, pois designa como um campo de exploração emocional, sem atentar para a igual participação da inteligência, do pensamento reflexivo na produção artística" (p.111). Para Barbosa (1985, p.39), desde a sua obrigatoriedade, a Arte na educação está sempre insistindo em provar a importância na educação, o que é ainda pouco evidente para muitos. As reflexões de estudos que aprofundam a intensidade dos fatores reflexivos quanto às operações mentais ou fatores do fator conativo a ação e ao fator afetivo a criação, sobretudo, os questionamentos das reflexões, são pontos que sempre desafiam os debates dos estudos no ensino de arte.
.É a partir da Lei n.º.692/71 que a disciplina de Educação Artística é incluída no currículo escolar agrupando os conhecimentos de Música, Teatro, Dança e Artes Plásticas; porém não definida como disciplina oficial do currículo, mas meramente como atividade educativa. Em decorrência da inclusão da Arte no currículo escolar, pela LDB n.º.692/71, surgem três anos depois os primeiros cursos de licenciatura curta em Educação Artística, com duração de dois anos, que habilitava ensinar simultaneamente música, teatro, artes plásticas, desenho geométrico, em séries do 1.º grau e até do 2.º grau, instituindo a polivalência no ensino de arte Pode-se considerar que a polivalência foi ou ainda é um dos entraves que pasteurizam o ensino de arte, fazendo com que o  professor de Arte abrace todos os conhecimentos da área artística, involucrado a formação, tornando a sua atuação fragmentada do ponto de vista metodológico e avaliativo.  Intelecto, ou ainda, fator conativo a ação e ao fator afetivo a criação, sobretudo, os questionamentos das reflexões, são pontos que sempre desafiam os debates dos estudos no ensino de arte. Diante dessa preocupação, constitui-se a partir da década de 1980 o movimento nacional de Arte-Educação que passou a discutir a situação do ensino das artes tanto na educação formal como informal.
             Surgem os primeiros cursos de pós-graduação em Arte-Educação. Em 1996, com a nova LDB n.º.394/96, a Arte passa a ser obrigatória na Educação Básica, agora como uma disciplina com conteúdos específicos ligados à cultura artística e não apenas como atividade. Extinguiu-se a denominação Educação Artística, sendo substituída por Ensino de Arte. A Lei propôs também a reformulação dos cursos de Educação Artística, que passaram a determinar a formação por linguagens e, dessa forma, ganharam em relação à especificidade de cada uma, para que depois de escolhida a modalidade, formas de diálogo com as outras linguagens artísticas e mesmo com outras áreas do conhecimento fossem traçadas, identificando-se, dessa maneira, com a proposta de construção do conhecimento na contemporaneidade.
Hoje as preocupações voltadas para a metodologia do ensino de arte, observadas pelas autoras (MARTINS; PICOSQUE; GUERRA, 1998, p.13), contemplam pelo menos três pressupostos da metodologia triangular de Ana Mae Barbosa conceituais entre eles articulados: a criação/produção, a percepção/análise e o conhecimento da produção artístico/estética da humanidade; ou como definiram, de forma sucinta, os PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais – (1995 a 1998) Arte: produção, fruição e reflexão, respectivamente. Os PCNs, vinculados à LDB n.º.394/96, constituem uma forma de regulamentação legal, ou seja, estabelecem diretrizes para o currículo do ensino fundamental (1.ª a 8.ªsérie) e servem como referência nacional, seja para a prática educacional, seja para as ações políticas no âmbito da educação.

 4 AS LINGUAGENS DA ARTE

A arte divide-se nas linguagens das Artes Visuais, Musica, Dança e Teatro. Abordarei sobre a Musica no respectivo trabalho por ela ser importante para o desenvolvimento da criança. Estarei tratando dela nas series iniciais.
 A música é uma das linguagens da arte mais antigas, pois faz parte da cultura humana como expressão, interpretação e linguagem.
É pratica comum nas series iniciais, ouvir música na entrada e na saída da escala no recreio, e em festividades escolares, mas, embora a música esteja presente no cotidiano da escola ela não esta sendo trabalhada.
Com o avanço da tecnologia a música esta cada vez ocupando espaços maiores, seja através da mídia ou em eventos ao vivo. Alunos desinteressados, com pouca concentração precisam ser incentivados a experimentar formas de apreensão da linguagem musical. A música esta cada vez mais sendo usada para alfabetizar, resgatar a cultura e ajudar na construção do conhecimento de crianças carentes.
A música quando usada corretamente em atividades na sala de aula tem grande valia, pois através da musica a criança trabalha os movimentos corporais, ela dança de diversas maneiras mexendo todas as partes do corpo, a fala, esta sempre cantando junto, a memória, pois grava as musicas que escuta e canta junto, sem contar todos os outros benefícios que proporciona.
Pode ser usada a música de varias formas nas series iniciais, pode ser através da dança, de jogos, de brincadeiras, mas o mais importante a ser observado que deve-se sempre apresentar um bom repertório , músicas de punho educativo. Apartir do ano de 2012 a música passa a ser obrigatória em todo o ensino fundamental tendo as escolas um tempo para colocar profissionais preparados para desenvolver tal atividade, mas nesse tempo ela deve ser trabalhada dentro das outras matérias do currículo não podendo ser ignorada e nem deixada de lado mais.   
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A música é importante para o desenvolvimento integral do individuo sendo dessa forma deve ser trabalhada nas escolas prova disso é que ela passara a fazer obrigatoriamente parte do currículo escolar a partir de 2012 tendo que ser abordada e desenvolvida com os alunos. Após encerrar meu trabalho vejo que nem só a música é importante, mas todas as formas de arte desde que bem empregadas nas atividades.
Uma atividade realizada com música seja ela através de jogo, brincadeiras ou até em qualquer aula traz benefícios incalculáveis a um individuo por isso que ao desenvolver minhas atividades com alunos procuro sempre utilizar-me desse recurso de grande valia.


 REFERÊNCIAS

. BARBOSA, A.M. Teoria e Prática da Educação Artística. São Paulo: Cultrix, 1985.

_____. (org.). História da Arte-Educação. São Paulo: Cultrix, 1995.
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MARTINS, M. C. F. D.; PICOSQUE, G.; GUERRA, M. T. T. Didática do ensino de
arte: a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.

PAREYSON, L. Os Problemas da Estética. São Paulo: Martins Fontes, 1989.